2016-03-18
Os reitores que assinam esta nota têm razão em um ponto. Usar argumentos pseudo-jurídicos para encobrir interesses político-partidários é inaceitável. Da mesma forma que é inaceitável a realização de um golpe. Exemplos:
. Gritar que, como o registro de imóvel tem fé pública, não se pode duvidar que os laranjas de Lula são os donos do seu sítio. A fé pública é presunção no cível, e pode ser contestada — mediante provas — tanto no cível quanto no criminal.
. Bradar contra vazamento seletivo de informações que são públicas e estão disponíveis para qualquer interessado.
. Rugir que o processo de impeachment contra uma presidenta eleita com maioria dos votos é um golpe de Estado. O impeachment é o meio constitucional exatamente para remover o presidente eleito com maioria dos votos!
. Berrar por uma intervenção militar constitucional . Isso não existe! Nossos militares estão a serviço dos nossos poderes constituídos, não a serviço da voz das ruas ou de suas próprias convicções.
. Rosnar que a Polícia Federal deve ser controlada e que um magistrado deve ser condenado, ambos por cumprirem suas funções institucionais.
Mas é essencial notar que os reitores não representam suas universidades, salvo do ponto de vista administrativo. Em especial, não representam os professores, técnicos e alunos.
E muitos não concordam com a posição defendida no seu manifesto.